Capitulo III
O Segredo do Poeta
(Na Cabana)
Deitado na sua cama quente e confortável, Jorge, agora com dez anos, pensava na sua amiga "Cari". Apesar de terem passado quatro longos anos, ainda ficava perturbado com a lembrança do desaparecimento de Carmen Dupont Gonsalez. Durante as noites de inverno, ficava perturbado, às vezes a meio das noites chuvosas, imaginava a sua "amiguinha" perdida na grande cidade. Vivia o secreto receio de nunca mais encontrar aquela que o fazia rir de felicidade desde o dia do seu nascimento.
Sentados à volta da grande mesa, com o tampo em granito cinzento, o Jorge pegou nas mãos da sua mãe, com aquele ar cândido que sempre punha quando queria saber algo importante:
- "Mããee", diz-me...o que terá acontecido à família da Cari? O pai dela matou alguma pessoa?
Antónia ficou em silêncio, foi o marido que interviu de imediato. António olhou para o filho e disse em voz baixa:
- Não quero ouvir falar em política, "Sr Jorge", sabes perfeitamente que, no nosso país , quem tem ideias diferentes, pode simplesmente desaparecer e nunca mais ser visto, entre os seus. Portanto, menino, nada de perguntas. A família Gonzalez foi trabalhar para Lisboa, é o que sabemos.
Nesse momento ouviram uns passos junto da porta que dava para o quintal. Olharam-se em silencio; o pai encostou o dedo indicador junto do nariz, fazendo aquele gesto peculiar seguido de um sussurrado: "xiu... caladinhos...
A noite foi longa... Jorge acordou ainda o Sol dormia. Assim que abriu a porta, reparou numas pegadas na soleira de mármore branco. Correu na direcção da bicicleta vermelha comprada na semana passada pelo avo paterno. Sem perder tempo, pedalou com toda a energia disponível na direcção da cabana secreta.
Jorge da Silva Fidalgo, - a mãe fazia questão de soletrar o nome completo do seu "filhote" sempre que ele se portava mal - Mas, neste momento, a família ainda dormia, só ele caminhava com a bicicleta ao lado, na relva molhada pelo orvalho da manhã.
Subitamente, ouviu uma voz suave, cantando uma canção de saudade. Havia gente escondida? - O nosso herói guardava um segredo e, em simultâneo, cantou a mesma canção da voz melodiosa vinda da cabana...
Sentados à volta da grande mesa, com o tampo em granito cinzento, o Jorge pegou nas mãos da sua mãe, com aquele ar cândido que sempre punha quando queria saber algo importante:
- "Mããee", diz-me...o que terá acontecido à família da Cari? O pai dela matou alguma pessoa?
Antónia ficou em silêncio, foi o marido que interviu de imediato. António olhou para o filho e disse em voz baixa:
- Não quero ouvir falar em política, "Sr Jorge", sabes perfeitamente que, no nosso país , quem tem ideias diferentes, pode simplesmente desaparecer e nunca mais ser visto, entre os seus. Portanto, menino, nada de perguntas. A família Gonzalez foi trabalhar para Lisboa, é o que sabemos.
Nesse momento ouviram uns passos junto da porta que dava para o quintal. Olharam-se em silencio; o pai encostou o dedo indicador junto do nariz, fazendo aquele gesto peculiar seguido de um sussurrado: "xiu... caladinhos...
A noite foi longa... Jorge acordou ainda o Sol dormia. Assim que abriu a porta, reparou numas pegadas na soleira de mármore branco. Correu na direcção da bicicleta vermelha comprada na semana passada pelo avo paterno. Sem perder tempo, pedalou com toda a energia disponível na direcção da cabana secreta.
Jorge da Silva Fidalgo, - a mãe fazia questão de soletrar o nome completo do seu "filhote" sempre que ele se portava mal - Mas, neste momento, a família ainda dormia, só ele caminhava com a bicicleta ao lado, na relva molhada pelo orvalho da manhã.
Subitamente, ouviu uma voz suave, cantando uma canção de saudade. Havia gente escondida? - O nosso herói guardava um segredo e, em simultâneo, cantou a mesma canção da voz melodiosa vinda da cabana...
Continua...
Boa noite querido Pj,
ResponderEliminarEstás a conseguir prender-me a esta história :)
Sinceramente, acho que "escrevinhas" muito bem :)
Não quero perder nenhuma cena, por isso aqui estarei à espera dos próximos capítulos ;)
Beijinhos carinhosos.
E que tal mudar a hora na configuração, são 22h52 e não 14h52, como aparece no meu comentário anterior, onde estou a dizer boa noite e depois são 14h52... Lol..
ResponderEliminarÉ só uma sugestão, querido amigo.
Beijinhos
Bom dia amável Pipinha:)
ResponderEliminarCom os teus elogios ainda vou pensar que sou um prémio Nobel da literatura...lol"
Obrigado por teres paciência para me leres:)
Até ao próximo episódio..
"Não perca o próximo episódio...que nós também não..."lol"
"Prontos, já "Mudi" a hora pa tár tudo certo ;) (como num gosto de horas andava noutro fuso horário)"lol"
Abraço e beijos carinhosos!
Pj
PJ
ResponderEliminarA cada dia que passa na narrativa, eu fico com um misto de candura no coração pela forma como escreves e outro de suspense do que virá a seguir.
Brilhante este espaço e vejo um PJ que sabia existir, em que a magia do seu sentir em consonância com as palavras nos prendem e apaixonam!
Ai tou apainonadaaaaaaaaaaaaaaa!
;)
Beijinho querido amigo
Luisa
Ah vou pedir um favor, tirares aquela cena marada das letrinha para o comentário aparecer, sabes?? tira lá...
ResponderEliminarBeijocas
Luisa
Bom Dia Alteza - Luisa:)
ResponderEliminar"inté" me deixas encabulado" - com aquele ar envergonhado.."lol" com tantos elogios...xii.( quem feio gosta bonito lhe parece" rss
Quanto aquela cena marada das letrinhas de segurança, - sim nós podemos -rss vamos resolver o problema. Não quero que nada lhe falte:)
beijinhos do Cumpadri, pá Cumadri
Pj
um momento intenso de leitura que me vai obrigar a cá voltar
ResponderEliminarbeijo
Carla...
ResponderEliminarFico sensibilizado pela "obrigação" livre de cá voltares:)
beijos
Pj
Acho que vou ficar aqui sentada, num qualquer cantinho, prometendo não atrapalhar...
ResponderEliminarbeijinhos migo
Palma da mão...
ResponderEliminarQuerida amiga, tu nunca atrapalhas: Senta-te onde for mais confortável...
Boa estada
bjs
Pj